Em 2013 foi descoberto por uma equipe de arqueólogos franceses e egípcios que realizam pesquisas na região de Wadi Al Jarf, no sudeste do Cairo, às margens do Mar Vermelho, um importante papiro. O artefato estava fragmentado e necessitou ser remontado para que o seu conteúdo pudesse ser lido. Ele foi datado como pertencente ao Antigo Reino e trata-se de um diário do cotidiano e estilo de vida dos operários que trabalharam em um porto na atual área de Wadi Al Jarf. Entretanto, estas pessoas não trabalhavam em uma atividade qualquer: eles estavam participando da construção da Grande Pirâmide do platô de Gizé, pertencente ao rei Khufu.
Diário de Merer. Foto: MSA.
O diário pertencia a um inspetor chamado Merer e ele detalhou estatísticas e questões administrativas da empreitada, a exemplo dos seguintes pontos:
☥ As pedras calcárias eram retiradas da pedreira de Torah e transportada pelo Nilo até o sítio em que estava sendo construída a pirâmide;
☥ Especificamente a equipe dele continha cerca de 200 operários;
☥ Perto da conclusão da pirâmide o foco dos construtores foi voltado para a elaboração do revestimento externo de calcário. O material utilizado durante esta fase foi extraído de uma pedreira próxima a atual cidade do Cairo e levada até o canteiro de obras através de um sistema de canais. Esta viagem durou quatro dias;
☥ O vizir Ankhaf, que também era meio irmão do rei, na época em que o diário foi escrito foi o supervisor da obra;
A Grande Pirâmide tem 138 metros e é a mais antiga mega construção em pedra do Egito. Na antiguidade foi adotada como uma das “7 Maravilhas do Mundo” (sendo a única ainda existente) e atualmente é um Patrimônio Histórico Mundial.
Incríveis cenas do Egito Antigo para você colecionar
Durante o Médio Reino (11ª Dinastia) viveu um homem chamado Meketra. Ele foi sepultado na região de Deir el-Bahari e como muitas pessoas de sua época equipou sua sepultura com tudo o que julgava necessário para o além-vida. Apesar de ter sido quase que totalmente saqueada, a tumba é notável devido a um pequeno — mas muito importante — detalhe: a família de Meketra recheou uma saleta secreta com maquetes que representavam a vida cotidiana. Esses objetos escaparam intactos dos ladrões. “(…) uma infinidade de homenzinhos brilhantemente pintados que faziam isso e aquilo”, declarou o arqueólogo que analisou tais peças ainda no local em que foram depositadas há mais de 5.000 anos.
O objetivo de Meketra e muitos dos seus contemporâneos era que ao representar imagens do dia a dia em seus sepulcros magicamente tudo aquilo se faria vivo. Ele, sem querer, nos legou um maravilhoso presente e uma incrível fonte para nós arqueólogas e arqueólogos.
As maquetes encontradas são imagens realmente nostálgicas e Meketra ficaria orgulhoso em saber que seguimos a sua tradição ao colecionar representações cotidianas inspiradas no faraônico: A Edições Del Prado, que é especializada na venda de fascículos colecionáveis sobre diferentes temas da atualidade e do passado, possui uma ampla compilação sobre o Antigo Egito. São figuras de metal pintadas à mão que representam diferentes momentos da vida egípcia, indo desde a construção de grandes monumentos até um simples passeio por uma feira.
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Olhei todas as cenas da coleção e a minha favorita com certeza é a da Barca Solar (até as cores são lindas!). Não é nenhuma novidade já que artefatos e simbolismos egípcios ligados aos ambientes aquáticos foram os temas da minha monografia e dissertação . Também gostei de “A mumificação” e “O faraó em carro de guerra”.
Se eu vivesse no faraônico a minha barca seria chamada de Neferuaton.
Ankhesenamon e Tutankhamon viveram durante o Período Amarniano (Novo Império; 18ª Dinastia), época iniciada pelo faraó Akhenaton e que se destaca pela criação de uma capital chamada Aketaton — destituindo assim Tebas — e a tentativa do faraó de tentar diminuir o poder econômico e influência religiosa do clero tebano do deus Amon. Para tal, ele adotou uma das formas do deus sol, o Aton, como divindade suprema.
Akhenaton, com a sua esposa principal, Nefertiti, teve seis filhas: Meritaton, Meketaton, Ankhesenpaaton, Neferneferuaton, Neferneferura e Setepenra. A segunda faleceu ainda da infância, levando Akhesenpaaton a virar a segunda princesa na linha de sucessão real e mais tarde rainha ao lado do seu provável meio-irmão, Tutankhaton.
Foi depois de alguns anos coroados que ambos trocaram de nome em honra ao deus Amon. Para saber mais sobre esse casal compartilho abaixo o vídeo “Ankhesenamon e Tutankhamon”, que postei no canal do Arqueologia Egípcia no Youtube (clique aqui para se inscrever). Nele faço um passeio sobre alguns acontecimentos que ocorreram — ou pode ter ocorrido — com esse casal:
Alguns exemplos iconográficos:
Para a boa sorte de nós arqueólogos e deleite dos fãs da Antiguidade egípcia, ótimas imagens desse casal chegou até o nosso tempo. A maioria saiu da KV-62, tumba tebana de Tutankhamon. Abaixo estão alguns exemplos:
Nesta primeira imagem que separei podemos observar o encosto de um trono dourado. Nele a rainha passa o que pode ser um unguento no rei. Esse artefato é interessante por diferentes motivos, mas o principal é que nele foi registrado não somente os nomes “Tutankhamon” e “Ankhesenamon”, mas igualmente os nomes anteriores deles: “Tutankhaton” e “Ankhesenpaaton”.
Fonte: STROUHAL, 2007.
Já este artefato é uma lamparina que quando acesa revela o desenho oculto do rei sentado em seu trono enquanto recebe duas ramas de palmeira de sua esposa, significando que ela desejava a ele um reinado de milhões de anos.
Fonte: JAMES, 2005.
As duas imagens seguintes foram retiradas do feretro dourado de Tutankhamon. Nele Ankhesenamon exerce diferentes papeis, seja guiando Tutankhamon, auxiliando-o ou em um momento de lazer.
Fonte: JAMES, 2005.
O próximo objeto provavelmente é a fivela de uma faixa que servia como cinto. Ankhesenamon aproxima-se do esposo com um pequeno buquê de flores.
Fonte: JAMES, 2005.
Ankhesenamon mais uma vez oferece flores para Tutankhamon, que faz um gesto com uma das mãos, indicando recebimento da oferta. Observando a imagem em um contexto geral a impressão que dá que eles estão em um jardim.
Fonte: STROUHAL, 2007.
Estas grandes estátuas dos dois está disponível para a visitação em Karnak, na área onde foi retratado o Festival Opet deles.
Referências:
A descoberta da tumba de Tutankhamon em cores
Hoje, 4 de novembro, o Egito está comemorando os 93 anos de descoberta da tumba do faraó Tutankhamon e na internet pessoas ao redor do mundo estão prestando homenagens. No embalo, a Dynamichrome lançou na internet o seu trabalho de coloração das fotos da descoberta. O trabalho estará exposto na exposição “The Discovery of King Tut”, que será inaugurada em Nova York em 21 de novembro e que além das fotos contará com uma mostra de com réplicas dos artefatos encontrados na tumba. Confira abaixo o resultado:
Até mesmo uma foto do Lorde Carnarvon, o patrocinador da descoberta e que faleceu seis semanas após a mesma, foi colorida.
Imagens da cópia da tumba de Tutankhamon
Em outubro de 2012, poucos dias antes da comemoração dos 90 anos do aniversário da descoberta do túmulo de Tutankhamon, a Factum Foundation finalizou a construção da réplica da KV-62, a qual será montada ao lado do Museu Casa de Howard Carter.
Para a coleta de dados a equipe realizou a reprodução em 3D do local original com o auxílio de um escâner e para a construção da estrutura incluindo a criação da textura das paredes, pinturas das mesmas e encaixe dos objetos foram necessários o emprego de máquinas de molde e impressão, além de muito trabalho braçal. Segue abaixo o resultado:
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